Lince-ibérico
O lince-ibérico é o felino mais ameaçado do mundo. Pode estar extinto daqui a dois anos. É um dever de todos nós preservar esta espécie!Protejam o Lince!
O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares de cerval, lobo-cerval, gato-cerval, gato-cravo e gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de cem linces ibéricos em toda a Península Ibérica. Aparentemente encontra-se extinto em Portugal.
Índice
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1 Distribuição
2 Habitat e ecologia
3 Comportamento
4 Ameaças
5 Estatuto de conservação
6 Evolução populacional
7 Medidas de conservação
8 Taxonomia
9 Nomes noutras línguas
10 Ligações externas
11 Referências
11.1 Outras referências
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Distribuição
O lince-ibérico somente ocorre em Portugal e Espanha. A população está confinada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituida por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc.
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Habitat e ecologia
Este felino ocorre no matagal mediterrânico [1]. Prefere um mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça (ICONA 1992). Não é frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas (eucaliptais e pinhais) (Palomares et al. 1991).
Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel fundamental no controlo das populações de coelhos (sua presa favorita) e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta.
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Comportamento
Esta secção é mínima. Uma secção mínima é uma secção muito pequena, provavelmente contendo uma frase apenas. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-a.
É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
Os territórios de indivíduos do mesmo sexo normalmente não se sobrepõem. Os territórios dos machos podem-se sobrepôr a territórios de uma ou mais fêmeas.Os acasalamentos ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1, daí um dos seus pequenos aumentos populaçionais.
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Ameaças
A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.
Outras ameaças:
Utilização de armadilhas para coelhos
Atropelamentos
Caça ilegal
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Estatuto de conservação
O estatuto de conservação do lince-ibérico tem variado ao longo das últimas decadas:
1965 > Considerado muito raro e acreditando-se decrescer em número (como Felis lynx pardina) (Scott 1965)
1986 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1986)
1988 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1988)
1990 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN 1990)
1994 > Ameaçado (Groombridge 1994)
1996 > Ameaçado (Baillie and Groombridge 1996)
Actualmente prevalece a avalição efectuada em 2002, pela UICN:
Criticamente ameaçado > segundo o critério C2a(i) > Categorias e Critérios de 2001 (versão 3.1)
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Evolução populacional
Evolução das estimativas do número total de indivíduos desde 1969 (apenas indivíduos no estado selvagem estão contabilizados):
1969: Vários milhares [2]
1978: 1000 a 1500 [3]
1987: 1000 a 1500 [4]
1991: Cerca de 1000 [5]
1992: Não mais que 1200, excluindo crias [6]
1995: Não mais que 1300 [7]
1998: Cerca de 800 [8]
2000: Cerca de 600 [9]
2002: Menos de 300 [10]
2003: 150 a 300 [11]
2004: 120 a 155
2004: 135 [12]
Segundo Nowell e Jackson (1995), o número de indivíduos existentes em Portugal no ano de 1995 não excederiam 100. Segundo os mesmos autores, para Espanha e para o mesmo ano, a população seria de 1200.
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Medidas de conservação
Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em subpopulações inviáveis terão que ser capturados.
Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha.
Listada na CITES (apêndice I)
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Taxonomia
O lince-ibérico e o lince euroasiático eram simpátricos, na Europa Central, durante o Pleistoceno (Kurté'n 1968, Kurtén e Grandqvist 1987). Segundo Werdelin (1981), estas duas espécies evoluiram da primeira espécie de lince identificável (Lynx issiodorensis).
Antigas denominações científicas desta espécie:
Felis pardina
Felis lynx pardina
Lynx lynx pardina
Felispardinus
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